DESEMPREGO CAI PARA 11,6% E ATINGE 12,4 MILHÕES


A taxa de desemprego no Brasil ficou em 11,6% no trimestre encerrado em outubro, atingindo 12,4 milhões de pessoas, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Trata-se da primeira queda na série do indicador desde o trimestre encerrado em junho. No período entre maio e julho, a taxa estava em 11,8%. Já no trimestre encerrado em outubro do ano passado, a taxa foi de 11,7%.
Apesar de redução de 0,2 ponto percentual em relação ao trimestre que vai de maio a julho, o IBGE considera que houve que a taxa de desemprego segue estatisticamente estável.
Emprego com carteira
Já o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado somou 33,2 milhões, o que segundo o IBGE representa uma estabilidade na comparação com o trimestre anterior e na comparação anual.
O Brasil gerou 70.852 empregos com carteira assinada em outubro, de acordo com números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados na semana passada pelo Ministério da Economia. Nos dez primeiros meses deste ano, foram criados 841.589 empregos com carteira assinada.
Subutilização e desalento caem
A taxa de subutilização da força de trabalho caiu, passando de 24,6% no trimestre móvel anterior para 23,8%, o que representa 972 mil pessoas a menos. Mesmo assim, ainda são 27,1 milhões de pessoas nessa condição, o que representa uma estabilidade frente ao mesmo período de 2018.
Essa queda foi puxada principalmente pelo aumento da jornada de trabalho dos trabalhadores informais. e pela redução do contingente de pessoas trabalhando menos de 40 horas semanais, o que caracteriza a subocupação por insuficiência de horas trabalhadas.
O número de subocupados diminuiu 4,5% em relação ao trimestre anterior, com uma redução de 332 mil pessoas, atingindo 7 milhões de trabalhadores.
O número de desalentados (aqueles que desistiram de procurar emprego) também recuou, para 4,6 milhões, com queda de 4,5% (menos 217 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior, mas estatisticamente estável frente ao mesmo trimestre de 2018.
Setor de construção é destaque
Na análise por setores da economia, a maioria das atividades registrou estabilidade do número de ocupados. Apenas a agricultura registrou queda – cerca de 200 mil trabalhadores a menos – enquanto a única alta estatisticamente relevante foi observada no segmento de construção, com um aumento de 197 mil trabalhadores.
De acordo com a analista do IBGE, a melhora do trabalho na construção tem sido puxada pelo setor imobiliário, sobretudo na Região Sudeste, mas também tem caráter predominantemente informal.
“A ocupação na construção está crescendo porque ao longo do ano está tendo um incentivo tanto da parte de crédito para aquisição de imóveis, como venda de imóveis já construídos, o que impulsiona todo o setor imobiliário, demandando obras de reforma e acabamentos. O grosso desse aumento é de trabalhadores por conta própria e empregados sem carteira assinada no setor privado”, disse.
Rendimento fica estável, mas massa de rendimento cresce
O rendimento médio real do trabalhador ficou em R$ 2.317 no trimestre no trimestre encerrado em outubro, ante R$ 2.292 no trimestre anterior e R$ 2.298 na comparação anual. Já a massa de rendimento real foi estimada em R$ 212,8 bilhões.
Quando comparada ao trimestre móvel de maio a julho de 2019, cresceu 1,8%, ou cerca de mais R$ 3,7 bilhões. Segundo o IBGE, foi o primeiro aumento estatisticamente significativo desde o trimestre de agosto a outubro de 2017.
G1
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