BOLSA FAMÍLIA
O Ministério Público de Alagoas concluiu que pelo menos 30 funcionários
da Assembleia Legislativa recebem dinheiro do Bolsa Família, mesmo
estando fora dos parâmetros exigidos pelo programa federal. Segundo as
investigações, iniciadas há um mês, alguns servidores participavam de
uma "lista de ouro" e recebiam até três vencimentos em um único mês. A
suspeita é que assessores financiavam campanhas eleitorais com dinheiro
público.
Um grupo de 15 promotores analisa as movimentações financeiras da
Assembleia nos últimos três anos, após a Justiça Federal autorizar o
acesso aos extratos bancários da Casa - negada pela Mesa Diretora.
Segundo o inquérito civil público, há acumulação ilegal de cargos:
algumas funcionárias alteraram o nome para receber salário na Assembleia
e na Câmara de Vereadores de Maceió.
"Recebiam com nome de casada na Assembleia e, na Câmara, com o nome de
solteira", disse o procurador-Geral de Justiça Sérgio Jucá. Na folha de
pagamento da Assembleia, há funcionários que são vereadores em Maceió ou
em outras cidades do interior de Alagoas; um dos acusados está sendo
investigado por morar em Sydney, na Austrália; outros são condenados por
formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro e presos em
operações da Polícia Federal.
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