RIO GRANDE DO NORTE TRATA SOBRE BIOGÁS EM INAUGURAÇÃO DE USINA NO CEARÁ


Iniciativa pioneira no país, o Governo do Estado do Ceará inaugurou nesta segunda-feira, 16, em Caucaia, o Gasoduto, a Estação de Transferência e a Planta de Produção de Gás Natural Renovável, a partir da produção de Biogás proveniente da matéria orgânica do aterro sanitário da Grande Fortaleza. O Diretor Presidente da Potigás, Beto Santos, o Diretor Técnico e Comercial, Paulo Campos, e o Diretor Geral do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte, Rondinelle Oliveira, participaram da inauguração conduzida pelo governador do Estado do Ceará, Camilo Santana.
“Espero que essa iniciativa seja replicada em outros estados do país. Resumo o dia de hoje em três palavras: ousadia, inovação e parceria”, ressaltou o governador.
Exatamente no sentido de ampliar a participação do biogás na matriz energética do Rio Grande do Norte, a Companhia Potiguar de Gás está em fase de análises técnicas e capacitação da mão de obra para adotar a iniciativa. “É preciso estabelecer o compromisso dos vários entes envolvidos em um projeto como esse para também levar ao Rio Grande do Norte essa alternativa de suprimento e a solução para o problema de destino dos resíduos e outros substratos para produção do biogás”, tratou o Diretor Presidente, Beto Santos.
O empreendimento é da Marquise Ambiental com investimentos da ordem de R$ 112 milhões. A Cegás investiu R$ 22 milhões em um gasoduto de 23 km, utilizando Poliamida 12, uma nova tecnologia no setor, e na estação de transferência de custódia para distribuição do gás.
“Avalio positivamente a troca de conhecimento com essa experiência do Ceará, que será, sem dúvida, de grande valia para os projetos do Rio Grande do Norte”, avaliou Paulo Campos.
Sustentabilidade
Com 23 km de extensão, o Gasoduto é responsável por fazer a distribuição do Gás Natural Renovável (GNR) proveniente do aterro sanitário. A estrutura possibilitará a retirada do gás metano da superfície do Aterro. Esse gás é gerado a partir da decomposição de resíduos orgânicos depositados no local, principal destinação de todo o resíduo sólido recolhido em Fortaleza. Para realização do processo, foram instaladas tubulações que farão a sucção de todo o material. A produção de biometano ocorre a partir da separação de CO2 do metano e da remoção de contaminantes.
Além da geração de energia, também será possível evitar que mais de 610 toneladas de CO2 sejam lançadas na atmosfera anualmente, equivalentes à retirada diária de mais de 800 mil litros de diesel do setor de transportes. Isso contribui para minimizar a emissão de gases de efeito estufa, contribuindo positivamente para as futuras gerações. Com a geração de energia renovável, os combustíveis fósseis são substituídos, reduzindo, dessa forma, passivos ambientais e atribuindo selo verde à matriz de tratamento.
“Vimos aqui a inauguração da primeira rede de distribuição de Gás Natural Renovável do Brasil, um ganho para a economia e principalmente para o meio ambiente. Quando o CO2 deixa de ser jogado na atmosfera, diminui-se a emissão do efeito estufa e consequentemente o aquecimento global. E os gases produzidos aqui ainda podem ser utilizados para diversos fins. Um projeto grandioso que serve de inspiração para o Rio Grande do Norte”, destacou, Rondinelle Oliveira, Diretor Geral do IDEMA.

ASCOM/IDEMA

Comentários